24/04/2021 - Autor: Flávio Trevezani
As videochamadas já fazem parte do nosso cotidiano há algum tempo. Tecnologia que era imaginada em filmes e produções futuristas a poucas décadas, vista como algo extraordinário, hoje faz parte do nosso cotidiano e nem parece ser mais tão fantástica como parecia ser nessas obras de ficção. Desde que a pandemia começou, se tornou uma realidade falar por videoconferência, principalmente para quem está trabalhando remotamente. Aulas, cursos, reuniões de trabalho, conversas com familiares próximos. Logo, usar essa tecnologia com uma finalidade divertida acabou não sendo uma boa escolha.
Claro que existem pessoas que organizam encontros virtuais com amigos em salas de videochamadas para bater papo, beber em companhia virtual, assistir séries juntos à distância, entre muitas outras motivações. A questão é que não é algo tão comum e popular como poderia ser de fato. Alguns fatores podem ser frisados para influenciar essa reação:
Hoje nem todos possuem computadores em casa como há alguns anos atrás. Com a chegada dos smartphones mais avançados e com recursos tão bons em seus processamentos como muitos computadores, muitos migraram o uso de notebooks e Desktops pessoais para tablets e celulares smartphones. Alguns veem o computador como ferramenta de trabalho e estudo. Ficar na frente dele após uma jornada de uso com a finalidade de descontrair e se divertir no tempo livre não parece algo muito animador.
É fato de que hoje o smartphone passam mais tempo consecutivo em nossas mãos do que carregando na tomada, isso quando não continuamos a usá-los mesmo enquanto estão carregando. Porém, mesmo com essa ferramenta tecnológica que nos propicia tantos recursos digitais, como por exemplo, as videochamadas, se divertir em casa e ficar com os amigos em conversas virtuais ao mesmo tempo não é algo muito confortável. Para fazer videoconferência pelo celular, normalmente precisamos ficar o segurando, o que cansa e nos impossibilita de fazer mais atividades. Fazer uso de um suporte ajuda bastante nesses casos. Ainda assim, as videochamadas ainda não fornecem a mesma sensação de estar presente fisicamente. Como um grupo de amigos sentados à mesa ou em uma roda de conversa pessoalmente.
Existem algumas razões para as videochamadas não gerarem a mesma sensação que a presencial. Fatores como volume do aparelho, captação do som e de sons externos, conflito de sons quando vários usuários falam ao mesmo tempo, entre outros. As dificuldades aumentam quando mais de uma pessoa assiste a vídeo chamada em um único aparelho. Outro fator importante é se você estiver reunido com mais pessoas presencialmente e quiser conectar amigos a distância. Os participantes presentes com certeza se entrosam e interagem melhor que os que estão via conferência digital. Por esses fatores citados, se torna um pouco desestimulante, ou muito, manter essa prática.
Mesmo que para alguns a realidade do home office tenha facilitado as coisas, como evitar o estresse do trânsito, meios de transportes lotados, tempo gasto na locomoção, entre outros, trabalhar home-office também tem suas peculiaridades. Alimentação em casa, organização do ambiente, distração com o ambiente residencial (como com familiares ou animais de estimação) tomam um certo tempo do nosso cotidiano. Às vezes acabamos fazendo um pouco mais do que faríamos, considerando que estamos um tanto mais confortáveis. Esse fator gera uma sensação de cansaço e preguiça, consequentemente. Sendo um pouco mais claro, devido ao conforto e a possibilidade de se desligar logo após trabalhar, emendar em uma atividade divertida em frente ao local no qual passou o dia todo trabalhando não parece muito “divertido”.
E para aqueles que não tiveram a sorte de ficar home-office, os processos ficaram mais cansativos e rigorosos na hora de se locomover para o trabalho, caso precise usar transporte público. Outro fator é o desconforto dos equipamentos de proteção e todos os cuidados a serem tomados para segurança durante todo o tempo fora de casa. Logo, chegar em casa e ir para a frente de um computador ou ajeitar as coisas para poder interagir com amigos parece algo desestimulante. Por mais que estar com amigos de qualquer forma seja algo enriquecedor e muitas vezes revigorante, falta coragem e vontade para preparar a estrutura para tal ação.
Pode parecer insistência em algo que não está sendo muito bem recebido por alguns, mas se estimule a programar uma vez ao mês, pelo menos. Adquiria essa nova prática de interagir virtualmente com quem importa e faz falta, isso sem torcer o nariz. Confie no que dizemos, se vier a se dedicar e se permitir, certamente será algo muito enriquecedor no seu círculo amistoso em tempos de pandemia. Essa prática também serve para casos com pessoas que, porventura, acabaram indo para lugares distantes, no qual fica difícil visitar com frequência. Baseando-se em tudo que foi dito até agora, ai vai algumas dicas que podem fazer diferença na hora de programar essa videochamada com finalidade de diversão e estimular para que isso seja mais prazeroso e praticado:
Deixe de lado sua possível implicância, relutância, cansaço ou preguiça digital e reúna-se com amigos e familiares volta e meia. Pare com a desculpa de que “quando a pandemia passar vamos marcar aquele churrasco, hein?” e interaja agora mesmo.