20/05/2021 - Autor: Equipe Porankatu



Viajar com gatos: é possível passear ou viajar com eles?

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Viajar com cães não é tão simples como poderia, e viajar com gatos? Para a grande maioria dos “pais de pet”, a hora de viajar sempre causa um certo desespero. Um pouco desse desespero é por conta de “o que fazer com os meus pets, onde posso deixar, será que é possível viajar com eles”? E quando o assunto é gatos, essa complicação aumenta mais um pouquinho. Se você quiser algumas dicas do que fazer nesse momento, acompanhe nosso artigo, ele foi feito especialmente para você!

É muito comum ouvirmos algumas pessoas falarem que preferem cães por vários fatores, um deles é que transportar cães junto com você para te acompanhar em um passeio ou viagem é mais simples. Mas e ai, é possível passear ou com gatos? A resposta pode ser simples, mas isso vai depender do seu animal. Sim! É possível que você leve seu bichano para tirar umas férias. Porém, antes de qualquer coisa, é importante entendermos algumas coisinhas…

Os gatos são animais de personalidade muito forte e extremamente territorialistas, portanto, não gostam de mudar de ambiente. Embora fofos, divertidos e brincalhões, muitas coisas devem ser levadas em consideração antes de decidir sair com seu gatinho, para que tudo na sua viagem ou passeio saia exatamente como esperado!

Pontos a considerar na hora de passear ou viajar com gatos

Infelizmente precisamos ponderar quais são os aspectos que podem atrapalhar levar seu gatinho em uma viagem. Embora ele faça parte da sua família, e você deseje ter ele por perto, você precisa entender que nem sempre isso fará bem para a saúde dele.

  • Territorialistas: Os gatos, diferentemente dos cachorros, por exemplo, se apegam à casa onde moram, e é devido a esse motivo que algumas pessoas têm dificuldade até mesmo na hora de mudar de casa. Tirar o seu gato do ambiente que ele está acostumado para “tirar férias” pode não ser uma escolha correta.
  • Estresse: Quando os “pais de pet” pretendem viajar e levar consigo seus bichinhos, são eles que precisam se preocupar com a saúde e comodidade de seu “filho de quatro patas”. Ao serem retirados do habitat que estão acostumados, os gatos principalmente, podem sofrer crises de estresse, causando irritabilidade, inquietude, pararem de comer, pararem de ir ao banheiro, ter queda de pelo e adoecer. Isso pode com certeza estragar a sua tão sonhada viagem de férias.
  • Escolha do lugar: geralmente, na hora de viajar, o lugar possui características que sua casa não possui, e o gato pode se sentir perdido e tentar “voltar para casa”. Nessa empreitada seu gatinho tão amado pode desaparecer ou se acidentar.

É necessário saber respeitar e entender as vontades e gostos do seu pet, antes de sair tomando decisões que podem ter tristes consequências. Mas, se você é aquele pai coruja, e não abre mão dessa companhia, acompanhe algumas dicas para tornar o passeio o mais prazeroso possível.

Gato passeando na guia
Alguns gatos conseguem passear semelhante a cachorros tranquilamente, basta acostumá-los a isso.

Adaptar, antes de passear ou viajar com gatos

Em primeiro lugar, se você adotou um gatinho ainda filhote a missão será bem mais fácil. Acostumá-lo a sair desde pequeno irá prepará-lo para essa possibilidade no futuro. Já se você já tem um bichano adulto, observe bem seu comportamento. Você, melhor que ninguém, conhece seu gato e saberá se é possível ou não sair com ele de casa e quem sabe até viajar.

Provavelmente já deve ter visto alguns gatinhos passeando de guia pelas ruas, seja em vídeo ou pessoal. Sim, é possível passear com seu bichano que nem um cachorro, mas precisa tomar cuidado e analisar bem a situação. Se seu gato se assustar, mesmo na guia, será difícil segurá-lo no colo, como fazemos com um cãozinho normalmente. Cães, tanto de rua ou de outros pais de pet, podem ficar curiosos ou até mesmo agressivos com seu gato, logo, ele irá ficar bem assustado e segurar um gato assustado é semelhante a abraçar um cacto, você vai sair bem rasgado.

Outra opção são as mochilas ou carrinhos para gatos. Desde que seu gato fique confortável, tranquilo e esteja gostando disso, pode ser uma ótima opção.

Algumas raças são mais calmas e preguiçosas, outras são mais ativas e estressadas. Macho e fêmea também se comportam diferente. Se quer viajar com seus gatos, indiscutivelmente castre ele e espere o período certo para que os hormônios diminuam e ele não corra o risco de entrar no cio.

O cio pode fazê-los fugir, ficarem agressivos e miarem intensamente presos, caso sinta cheiro de outro animal. E tenha certeza, eles sentem cheiro de outro gato no cio a quilômetros.

Antes de enfiar seu bichano numa caixa de transporte e sair pelo mundo afora, acostume-o aos poucos com a caixa, com mais tempo dentro dela. Depois comece a sair com ele e dar algumas voltas com ele na caixa. Se a viagem ou passeio será de carro, acostume-o aos poucos, pequenos passeios para que ele se afeiçoe a ideia. Tudo isso irá acostumá-lo ao momento decisivo. Então, mãos à obra! Que acostumar um bichano dá trabalho, mas vale a pena.

Gato dormindo na caixa de transporte
Alguns gatos não são muito fãs de ficarem presos ou confinados, por isso é importante acostumá-los a caixa de transporte.

Escolhendo a hospedagem

Tome cuidado na hora de escolher sua hospedagem. Muitos hotéis, casas, hostels, pousadas não são pet-friendly, por isso jamais tente encontrar um em cima da hora. Se informar com antecedência e deixe claro que seu pet é um gato, se não, isso poderá gerar uma imensa dor de cabeça. A maior parte das companhias de transporte hoje preveem a possibilidade de transportar os pets, e isso causa grande tranquilidade, fazendo com que os pais de pet esqueçam de ver sobre a estrutura e condições exatas da hospedagem. Fazer essa checagem prévia é importante para que você não tenha surpresas negativas na hora do seu check-in.

Nosso conselho é sempre evitar viajar com gato para hotéis. É muito incomum um hotel que os receba e tenha a estrutura mínima, como telas em janelas e outros cuidados que quem tem gato precisa ter. Alguns hotéis e pousadas podem até ser solícitos e permitir a entrada do animal, mas se não tiver estrutura mínima ou for em andares muito elevados, qualquer descuido pode significar a fuga ou um acidente grave para seu gatinho. 

Considere também o fator espaço. Gatos são territorialistas, como já falamos, Quando movidos de ambiente, tendem a ficar isolados em um ambiente apenas, por considerarem mais seguro. Mas logo irão querer explorar o espaço e um quarto muito pequeno poderá estressá-lo. A opção viável são casas ou apartamentos adaptados, como casa de parentes ou alguma locação temporária que permita levar animais de estimação (o que também não é muito comum).

Por isso é importante considerar: Vai viajar com seu gato porque não tem com quem deixar ou vai levá-lo porque quer estar com ele na viagem?

Se o problema for ter quem cuidar, existem hotéis para animais e até cuidadores delivery profissionais em algumas cidades. Na pior das hipóteses peça um favor a um familiar ou amigo ou até mesmo pague alguém conhecido e de confiança para que cuide deles.

Mas se a resposta for a segunda opção, analise sua viagem ou passeio. Se for para deixá-lo trancado o dia todo em um quarto, melhor ele ficar em casa. Se for ficar a maior parte do tempo junto dele, como em um chalé ou fazenda, aí sim, vale a pena investir nessa empreitada.

Gato na mochila de transporte
Dependendo do temperamento do bichano, é possível passear com ele tranquilamente. Mas lembre de hidratá-lo e alimentá-lo.

Dicas para embarcar com seu bichano 

Se a viagem exige embarque de avião, trem ou ônibus, precisamos analisar e considerar alguns fatores:

  • Antes de tomar qualquer decisão de viajar com gatos, leve seu bichano ao veterinário. Explique detalhadamente as características da viagem, como meio de transporte, a duração da viagem, o local onde ficarão hospedados, entre outros. O médico veterinário é quem lhe dirá sobre a viabilidade ou não de levar seu gatinho. O veterinário irá verificar as vacinas, cuidados a serem tomados e possíveis medicamentos para você levar pro seu filho de quatro patas caso aconteça alguma anormalidade.
  • Para embarcar o animal é necessário possuir comprovante da vacinação antirrábica, com o nome do laboratório produtor, o tipo da vacina e o número da ampola utilizada e o atestado de saúde do animal, também chamado de atestado sanitário. Esse documento deve ter sido emitido por um médico veterinário, com validade de 10 dias da data de emissão. Ou seja, precisa ir ao veterinário dentro de 10 dias antes do embarque para conseguir esse laudo. Se a viagem for para o exterior, as documentações podem variar de acordo com a companhia aérea e país.
  • Prepare o seu pet. Embora essa parte seja diferente, ela é extremamente eficaz. Tenha a caixinha de transporte correta. Caixas pequenas de mais irão estressá-lo provavelmente e caixas maiores e mais confortáveis vão exigir que sejam despachadas com a bagagem. Lembre-se de colocar brinquedos e outros itens que você saiba que seu pet tem apego, e assim ele irá se acostumar com maior facilidade. Se a viagem for longa, atente-se a comida e água. Use tapetes higiênicos, caso ele faça alguma necessidade durante o trajeto. Testar seu comportamento na caixinha de transporte antes é eficaz até para a segurança do seu bichano.
  • Leve alguns objetos da sua casa para que seu gatinho possa se sentir mais confortável. Se você quer embarcar com seu pet, precisa entender que algumas adaptações são necessárias, e tudo deve ser feito pensando no bem-estar do bichano. Esse objeto pode ser uma cobertinha, ou brinquedo que seu pet tenha apego. Quanto mais cheiro de casa ele sentir, maiores serão as chances dele se adaptar mais rapidamente.
  • Preste atenção na alimentação do seu gatinho. É importante levar um pouco de petiscos na bolsa, pois ela também ajudará o bichano a se familiarizar com a trip (caso tenha acesso a ele), mas não exagere. Comer muito ou algo diferente pode fazer com que seu filho de quatro patas passe mal, e não é isso que você quer, não é mesmo?
  • Prepare-se para gastar uma graninha com uma identificação para o seu pet. Acima de qualquer coisa, os gatos são muito ariscos de forma geral, e se ele não se acostumar com o local, pode tentar uma fuga. Com a identificação ficará mais fácil de encontrar seu filho caso ela fuja dos seus cuidados. A identificação deverá conter o nome do seu pet, o nome dos “pais do pet”, e um telefone para contato. Essas alternativas irão ajudar muito caso seu pet decida passear por aí sozinho. 
  • Uma opção de identificação e rastreabilidade, por exemplo, são os chips. Implantar um chip de identificação ajudará a rastreá-lo caso ele fuja. Se pensa em viajar com gatos com frequência, estude essa possibilidade.
Gato a viajar na janela do avião
Seria ótimo viajar com eles assim, mas ao menos que tenha seu jatinho, eles irão na caixa de transporte.

Conclusão: é possível viajar com gatos?

A resposta para essa pergunta não é tão simples quanto se pode ler, mas acredito que ficou clara. SIM! É possível viajar com seu bichano. Mas exige análise crítica, planejamento, preparo e cuidado. Para os pais apaixonados, essa é uma resposta que traz um alívio imenso. Mas para que sua viagem seja prazerosa, você precisa seguir as dicas acima. Não é simplesmente colocar seu gato na caixinha de transporte e sair viajando por aí. Assim como os filhos, os pets têm necessidades que devem ser cuidadas com muito zelo e atenção. Não é uma mera decisão entre ir ou não ir, mas se preparar para ter todo o cuidado necessário para que o bichano se sinta adaptado.

Atualmente, a maioria das companhias de transportes como trens, aviões e ônibus permitem que pets viagem junto com os seus papais. Dessa forma, cabe a você, papai de bichano, entrar em contato com a companhia de sua preferência e se informar sobre essa possibilidade, quais são as exigências para transportar seu pet em segurança e comodidade. 

E aí, gostou do nosso texto sobre “Gatos, é possível viajar com eles? ”. Espero que sim. Se você já viajou com seu gatinho, conte para gente como foi sua experiência e como o seu bichano se comportou na viagem.

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