22/07/2021 - Autor: Equipe Porankatu



Olimpíadas: da história para nosso cotidiano

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Entre anseios e polêmicas, amanhã (23/07/2021) se iniciará oficialmente mais uma Olimpíada: as Olimpíadas de Tóquio 2021. Esperada para 2020, mas adiada por um “pequeno” probleminha chamado: Pandemia Mundial de COVID-19, quando milhões de pessoas morreram em todo planeta. Após muita espera, finalmente ela irá acontecer e o Japão está mais que preparado para ela.

Antes de falarmos um pouquinho mais sobre essa festividade, bora entender um bocado mais do que se trata as Olímpiadas e como ela surgiu.

Viagem rápida no tempo: a história das Olimpíadas

Segundo a lenda, Hércules, o famoso filho fortão de Zeus com uma mortal, resolveu realizar jogos em homenagem a seu pai. Ele plantou uma oliveira e era dessa árvore que eram colhidos os galhos que ornavam a cabeça dos campeões em formato de coroa. E a coroa de oliveira foi incrementada com louros, que era o símbolo do deus Apolo, deus da luz, da cura, da poesia, da música e da profecia, e também protetor dos atletas e dos jovens guerreiros. Aí passa a fazer um pouco mais de sentido, não é não?

Porém, os primeiros registros de uma olimpíada remetem ao ano de 776 a.C., onde o nome dos ganhadores passou a ser registrado. O termo “olimpíada” surgiu nessa época após os reis de Ilia e Pissa, junto ao monarca de Esparta, realizarem um tratado entre seus povos. Tratado esse que foi realizado no Templo de Era, na cidade de Olímpia. Daí o nome. Essa aliança foi tão sagrada que mesmo em períodos de guerra, como a Guerra do Peloponeso (conflito armado entre Atenas e Esparta, travado entre 431 e 404 a.C.), as batalhas eram suspensas e os rivais deixavam de lado suas diferenças e participavam das competições.

Essa prática foi realizada até 303 a.C., quando foi deixada de ser executada por séculos. Mas o Barão de Coubertin resolveu trazer de volta essa tradição, após apresentar um estudo sobre “Os exercícios físicos do mundo moderno”, em 1892. Quatro anos após, a primeira Olimpíada da Era Moderna foi disputada entre 6 e 15 de abril de 1896, com delegações de 14 países, que somavam 241 atletas. Eles competiram em 43 eventos, de nove modalidades: ciclismo, esgrima, ginástica, ténis, tiro, natação, atletismo, halterofilismo e luta livre.

As olimpíadas tem origem na Grécia antiga

E pra quem não faz ideia do que seja as Olimpíadas

As Olimpíadas são uma série de competições de diferentes modalidades esportivas que ocorrem periodicamente, incluindo festividades, atividades físicas e esportivas que são realizadas entre competidores que representam seus países participantes.

Hoje, a Olimpíada é um evento mundial que acontece a cada quatro anos, quando uma cidade, escolhida através de uma eleição, sedia o evento a cada edição. Com participação de representantes de diversos países e reinos, com variadas modalidades esportivas ocorrendo no decorrer da edição. Ela dura entre três a quatro semanas, onde diferentes competições podem acontecer simultaneamente, rolando em todos os cantos da cidade sede. 

Corridas são umas das muitas modalidades de atletismo das olimpíadas.

Olimpíada de Tóquio 2021

Esta será a 32ª edição dos Jogos Olímpicos modernos e ocorrerá no Japão, na cidade de Tóquio. Nela serão disputadas 46 modalidades esportivas e irão participar 11.687 atletas de 204 países. Sendo que 5 dessas modalidades são novidades nas competições olímpicas nessa edição de 2021: skate, surfe, escalada esportiva, karatê e beisebol/softball.

Esse é um dos maiores eventos esportivos do mundo, sendo o maior tratando-se de variedade esportiva e participantes. Compete dignamente com a Copa do Mundo de Futebol e o Super Bowl dos Estados Unidos da América em questão de valores e investimentos.

Mesmo o esporte sendo o coração desse evento mundial, alguns dos momentos mais aguardados são a abertura e encerramento do evento. Com efeitos visuais, coreografias ensaiadas e recursos tecnológicos, as aberturas e encerramentos vem se superando a cada ano e se tornando um evento à parte dos jogos olímpicos. Esse ano, tratando-se de Tóquio, poderíamos esperar coisas fantásticas como robótica, projeções de luz e imagem, além da rica influência da cultura pop japonesa. Mas devido às atuais circunstâncias do mundo, talvez teremos algo mais sucinto, mas com certeza com uma beleza estética típica dessa cultura. A abertura dos jogos ocorrerá neste dia 23 de julho, sexta-feira, às 8h da manhã, podendo ser vista pelas emissoras Globo, SporTV e BandSports (detentoras dos direitos de transmissão no Brasil).

Imagem noturna da cidade de Tóquio, Japão.

Das olimpíadas para nossas vidas

Você deve ter se perguntado alguma vez algo do tipo “quem é que pratica arco e flecha, nado artístico, ginástica rítmica, badminton, saltos ornamentais, esgrima, hóquei de grama, pentatlo moderno, vela, ginástica de trampolim ou pólo aquático como atividade física?”. Tá! Talvez você nunca se perguntou “exatamente” isso, mas já deve ter indagado mentalmente porque alguns esportes se tornam populares e outros não. Sim, são muitos fatores e vamos pincelar um pouquinho sobre isso.

Cultura

Um aspecto importante é a cultura. Se um país ou região possui uma cultura marcante e forte em algum esporte, é óbvio que todo o processo de popularização acaba impulsionando o tal esporte, numa espécie de ciclo: quando um  esporte é popular no país, todos desde pequeno acabam se inspirando e praticando esse esporte, pessoas começam a se desenvolver como atletas e profissionais desse esporte, surgem bons atletas, o esporte enriquece em qualidade e fica mais interessante, aumenta-se o nível e logo chama mais atenção, passa a ser visto por mais pessoas e a mídia passa a explorar, mais pessoas começam a ver o esporte e isso torna o esporte ainda mais popular no país.

Percebem o ciclo? Então, culturalmente a popularização por algum fator como acessibilidade, comportamento social, recursos e contexto histórico influenciam diretamente. Mas não é só isso que faz um esporte ser popular ou não.

Financeiro

Seja financeira, física ou geograficamente falando, fatores físicos e financeiros influenciam muito diretamente na prática e popularização de muitos esportes. Por exemplo, começar a praticar vela não é barato. Imagine comprar um veleiro? É! Não é pra qualquer bolso. Mas começamos exemplificando com algo “grande” e claramente pouco acessível, tratando-se do aspecto financeiro apenas. O golfe, por sua vez, precisa de um espaço amplo e preparado, que requer manutenção constante, e os equipamentos também não são tão “baratinhos”, assim. E se comparar o tamanho de um veleiro e de um saco de tacos de golfe, as dimensões podem ser bem diferentes fisicamente, mas os valores (dependendo do profissionalismo do golfista) podem se equiparar. Mas um fator que reduz o custo dos equipamentos é também o volume de usuários, ou no caso, consumidores. Quanto mais se consome, mais ampla é a produção e mais recursos são aplicados para reduzir o processo. Uma bola profissional de futebol não é barata, mas para começar a praticar, precisa ser exatamente uma dessas? Não! Uma simples bola barata de tecido e borracha já atende e é aí que nasce um esportista promissor.

Golfe e Vela

Aspectos Físicos e Geográficos

Mas saindo do valor financeiro, ainda existe o aspecto físico e geográfico. Mesmo que um indivíduo tenha condições financeiras para praticar um esporte aquático, se não houver recurso hídrico (natural ou artificial) suficiente, fica difícil praticar. Tratando-se de natação, a coisa fica mais fácil de resolver (fácil, não simples ou barata), mas maratona aquática, canoagem ou vela já complicam um tanto mais. Daí, imagine a dificuldade de praticar surfe longe do mar? Foi assim que outros esportes como kite surf, SUP (Stand Up Paddle) e windsurf começaram a ganhar adeptos em regiões de lago, por exemplo. 

Outro fator é que pode não depender da geografia, mas da infraestrutura. O Atletismo muitas vezes depende de uma infraestrutura que transcende a capacidade do esportista. O arco e flecha, por exemplo, depende de um equipamento pessoal e espaço seguro para se começar a praticar, mas salto com vara requer muito mais recursos além do custo de aquisição da vara propriamente dita.

Pois é! Não é uma coisa simples trazer esportes olímpicos para o dia a dia das pessoas. Mas talvez, existam formas de possibilitar esse acesso mais facilmente.

Esporte acessível: um campo de golfe e um veleiro para todos! Não, espera… não é bem isso

Identificar o interesse da população em fazer algo hoje é complicado. Somente pesquisas direcionadas e a base de dados das pesquisas relacionadas nos sites de busca podem começar a identificar a intenção de uma população, faixa etária ou perfil em praticar alguma atividade ou esporte. 

Nosso primeiro contato com o esporte é dentro de casa e no sistema de ensino. Em casa cabe aos familiares permitirem o contato com o esporte que já é uma prática familiar. No sistema de ensino, vai variar de acordo com a estrutura disponível na escola. 

Alguns poderes públicos municipais e estaduais possibilitam o acesso da população a práticas esportivas, mas geralmente esse foco está nos jovens e nos atletas profissionais. Se você já saiu do sistema de ensino básico ou médio e ficou com vontade de tentar uns saltos ornamentais, por achar um esporte bonito, interessante e atraente para você como indivíduo, como é que você descobre como e onde começar, e como praticar?

Uma das motivações que nós da Porankatu temos para o setor esportivo é poder contribuir com o esse mercado potencial e carente de recursos, para que você não dependa apenas de equipamentos e espaços públicos. Proporcionar a população o acesso a práticas esportivas como forma de lazer, diversão ou como atividade física apenas, além do processo competitivo, pode proporcionar o incentivo a práticas pouco populares e potencializar o nascimento de muitos medalhistas olímpicos no futuro.

O esporte é uma das ferramentas que promovem o bem-estar por meio do fortalecimento da saúde física, social e emocional. E tudo que puder tornar essa prática mais acessível e inclusiva é e sempre será muito bem-vinda. 

Sucesso aos nossos atletas olímpicos, muita segurança em relação a saúde (seja pela Covid ou por acidentes durante as competições) e que tragam muitas medalhas e orgulho para o Brasil!


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