06/07/2021 - Autor: Bea Chagas
Eu me derreto toda por ele! E ele se derrete em mim! Que delícia! Ôps, calma! Esse não é um prenúncio de poema erótico! Estou falando do chocolate. Sim, dessa maravilha originada do cacau, uma enorme paixão neste vasto mundo de variedades gastronômicas. Um quitute datado de 1.500 a.C., que mesmo quando amargo, adoça a boca, alegra a alma e nos torna meio crianças novamente. Ou, creia-me, nos deixa mais sensuais! Pelo menos, foi o que aconteceu comigo, ao pensar no que escrever para amanhã, 7 de julho, Dia Mundial do Chocolate. Por isso, apesar de podermos contar sobre a história desse petisco de origem mexicana, as rotas, o mercado e muitas receitas, vamos abordar o romantismo desse pitéu.
Ai, como é bom! Uma mordidinha e logo somos invadidos por uma sensação de alegria e de bem-estar. O cheirinho e o sabor tomam conta de nós… E eu que outrora sonhava que bastava meu talento para as levadas viagens astrais que estimulavam meu sistema nervoso central! Pois é! Temos que contar com as substâncias teobromina, a cafeína e a teofilina para que sejam liberadas nos corpitos muiiiiita dose dos hormônios dopamina e noradrenalina. É essa liberação que traz satisfação e ainda dá uma força para taquicárdicos ❤ ❤? Muito interessante, mas bastante acadêmico. Eu quero mais! Quer também?
Vejamos: capaz de suscitar diferentes emoções, o chocolate se transformou ao longo dos anos de pura e desejada guloseima em produto para outros usos. Então, já pensou em uma banheira de chocolate líquido, ao invés de espuma? Hum… e cuidar das madeixas com xampu e condicionador do fruto do caucaeiro? Vou contar um segredinho a você: vale cada “lambuzada”! Com propriedades emolientes e odor relaxante, o chocolate amacia a pele enquanto dá vazão a fantasias, sejam inocentes, de lembranças da comilança em família, ou as mais “calientes”, voltadas para a sexualidade.
Se alguns amantes fazem “uis” apenas com os toques mais tradicionais, outros suspiram à lua com carícias feitas com a seda do papel de bombons nos pés. O toque quente e viscoso na pele, a arrepiá-la, uma massagem nas costas do amor, a seda no cabelo lavado a dois… use a imaginação! Velas pelo chão do banheiro, um vinho adequado (não bebe? Sem problemas! Uma linda taça de água mineral já dá charme suficiente para a ocasião), mibs achocolatados para dar na boca, esponja em formato de coração (ou do que lhe vier à cabeça), a cremosidade entre os dedos que se enlaçam, o beijo adocicado, o abraço deliciosamente escorregadio. Quer sedução maior?
Brinque de degustação às cegas, como no filme “9 e ½ Semanas de Amor”. Faça seu(sua) parceiro(a) advinhar: amargo, bem doce, com nozes, branco, bombom licorado, trufa de menta, bombom de pimenta…isso! Apimente o paladar, um dos sentidos de possibilidade erógena. O chocolate pode ser de leite ou 50% cacau; 60%; 75%; 80%… o prazer chegará a 100%.
Não há banheira em casa e não gosta de motel? Uma ducha a dois com sabonete de chocolate também vai temperar o clima! Se prefere economizar na compra desses produtos e ainda investir muiiiiito no prazer, vale fazer uma calda em casa, alguns brigadeiros com licor, derreter algumas barrinhas e transformá-las em “cremes de massagem”. E nada de desculpas de não saber fazer massagens. O toque de mãos ardentes a escorregar pelo corpo será perfeito, se feito com delicadeza e sem pressa.
Ah, estamos no inverno aqui no Brasil e você está correndo de banho (aff! Por favor, heim)? Substitua a ideia molhada por outra mais quentinha. Vale o tapete da sala (mande para a lavanderia depois), as almofadas no chão do quarto, a árvore do quintal que seja! O que fará mesmo efeito vem do seu tempero, de seu gosto, de seu cheiro, mas com cobertura de carinho e de valorização de seu par, pois são artigos em escassez no mercado atual do amor.
Sabe, soltar a imaginação pode conduzir um casal a sensações nunca vividas na intimidade, sem necessariamente, passar por experiências que vão de encontro a seus princípios. A liberdade sexual de que atualmente desfrutamos não pode ser compreendida a partir da genitalização do prazer e resumida à busca pelo clímax. Temos um corpo “recheado” de neurônios, em efusão de hormônios, com Zonas erógenas individualizadas, loucas para serem descobertas.
Então, vamos limitar nosso prazer à “nisso” e “naquilo” por quê? Não, achocolate-e-mo-nos!!!! Vamos brincar, dar mais tempo a nosso (a) companheiro (a), descobrir mais um do outro! A vida é como uma caixa de bombons; e abrí-la sempre vale a pena! Desembrulhe essa delícia de se lambuzar vivendo a dois!