17/06/2021 - Autor: Equipe Porankatu



Economia Criativa: O preço do intangível

Compartilhe

Você já ouviu falar sobre economia criativa? Se você ainda não conhece, esse artigo foi escrito pensando justamente em você, e na forma que você poderá mudar a sua vida depois de conhecer esse conceito.

A economia criativa é uma forma de desenvolvimento pautada na criatividade. Ela nada mais é do que uma integração entre tecnologia, inovação, cultura, criatividade e sustentabilidade. São formas de negócios baseadas na capacidade criativa que agrega valor econômico. 

Como surgiu o termo “economia criativa”

O termo “economias criativas” começou a ser usado há cerca de vinte anos para descrever uma série de atividades, algumas das quais estão entre as mais antigas da história e algumas que só surgiram com o advento da tecnologia digital. Muitas destas atividades tinham fortes raízes culturais, e o termo ‘economias culturais’ já estava em uso para descrever o teatro, a dança, a música, o cinema, as artes visuais, entre outros. Embora esse termo tenha sido, por si só, polêmico, os artistas começaram a se sentir humilhados por serem vistos unicamente como uma “indústria”.

Criatividade e arte em geral agregam valor social e cultural significativo, mas como precificá-los?

A primeira tentativa de medir o valor da criatividade

A primeira noção de economia criativa foi dada na década de oitenta, sendo reconhecida internacionalmente pela UNESCO. Porém, começou a ser popularizada somente em 2001 com o livro do professor chamado John Howkins.

A economia criativa tem sua origem na criatividade individual, habilidade e talento e envolve ainda um potencial para a criação de riquezas através da geração de propriedade intelectual. O conceito de propriedade intelectual (em outras palavras, o valor de uma ideia que pode ser protegido por direitos de autor, patentes, marcas comerciais ou outros direitos legais e de mecanismos reguladores para parar de ser copiado ou desviado para uso comercial sem a permissão da pessoa cuja idéia era) era visto como ponto central para o entendimento das economias criativas, e isso ainda continua sendo assim.

Críticos argumentaram que o estudo estava criando falsas distinções, e que a criatividade individual e o talento estavam no coração de muitas outras áreas de atividade, desde as ciências biológicas à engenharia. É claro que, isso é verdade, mas o estudo tinha deliberadamente escolhido não incluir o trabalho criativo de cientistas e engenheiros que é construído sobre análise sistemática e questionamentos, e assim concentraram-se, em vez disso, nos motores mais aleatórios de criatividade nas esferas social e cultural.

Outra crítica, foi a de que o estudo não conseguiu reconhecer a diferença entre empresas pequenas, sub-capitalizadas (pequena ou micro empresa), e as grandes empresas que se beneficiaram de propriedade e de exploração intelectual, e são fortemente capitalizadas, conhecidas como conglomerados transnacionais, que muitas vezes apresentavam pouca evidência de “criatividade” na forma como operam.

Os dois tipos de empresas não podiam ser mais diferentes uns dos outros, mas, ainda assim, ambos obtiveram a definição como parte das “indústrias criativas”. Apesar destas e de outras críticas, o estudo atraiu um interesse considerável, em especial quando uma análise de acompanhamento em 2001 revelou que este setor criativo arbitrariamente definido estava gerando empregos de forma significativa no seu conjunto.

Como o pensamento na economia criativa evoluiu

Sabemos que o mercado está sob o contexto de uma nova lógica de competição, e podemos relacionar a isso ao Termo “Novas Economias”, sendo o seu objetivo principal a geração de novas oportunidades sob a ótica da: competitividade, do empreendedorismo, da inovação, da sustentabilidade, e de novos mercados, repensando modelos, práticas e valores já existentes. 

Não só o setor artístico que compõe a economia criativa. Diversos outros setores começam a ser abrangido por soluções criativas e alternativas.

As Novas Economias podem ser conceituadas como: 

  • Economia Criativa: O principal objetivo desse modelo é baseado na união de saberes sobre economia e criatividade como forma de gerar riqueza. 
  • Economia Compartilhada: Tem importante impacto para a sustentabilidade, se baseando em seus três pilares: econômico, ambiental e social. Isso porque as práticas da economia compartilhada poupam dinheiros e recursos, onde utilizam-se de recursos já existentes, beneficiando a sociedade, por exemplo: A empresa Uber, o motorista utiliza-se de um bem que já possui que é o carro, para gerar lucro, ou por exemplo o aluguel de quartos. Resumidamente a economia compartilhada ajuda na minimização do desperdício por meio do uso de bens ociosos.
  • Economia Colaborativa: Pode ser confundida com o conceito anterior, porém a economia colaborativa tem um objetivo mais focado em agregar valor social em sua ação, isso porque seu conceito se baseia nas junção de pessoas que colaboram entre si para benefício coletivo, não precisando recorrer a grandes organizações e instituições, resumidamente são pessoas desconhecidas que se conectam para resolução de determinados problemas que tenham em comum, consiste em dar, trocar, emprestar, negociar, alugar e compartilhar produtos e serviços por uma taxa menor da que já encontramos no mercado, nesse caso algumas empresas entram como mediadoras para facilitar o processo, ex: a criação de uma horta na comunidade, um trabalho freelancer, ou a venda de produtos usados.
  • Economia Circular: O principal objetivo é minimizar os impactos ambientais causados pelo ser humano, aumentando vida útil do produto, porém ela vai muito além do conceito de economia linear: matéria-prima, produção, consumo e descarte, Reduzir, Reutilizar e Reciclar, que já é um modelo adotado desde a Revolução Industrial, ela repensa esse método, onde a premissa principal é diminuir o desperdício mesmo que um produto seja considerado um resíduo, ou seja, o resíduo vira matéria prima secundária, um dos pontos para que ocorra a economia circular é: criar produtos mais duráveis, repensar o modo de utilização de produtos, como substituir a compra pelo: aluguel, troca, etc, a energia gasta nos processos de produção deve ser renováveis. 
  • Economia Multi Moedas: Neste caso, a economia multimoedas é um exemplo de sistema financeiro onde, utilizam-se como forma de pagamento, moedas “não oficiais” chamadas de “moedas virtuais” como por exemplo: o Bitcoin. O sistema pode ser monetário ou não, ou seja, a troca de favores e a permuta entre pessoas, podem ser utilizadas como forma de pagamento. 

A economia criativa tem um impacto cultural e social suscetível de crescer

Em um momento que vemos a rápida globalização, muitos países reconhecem que a combinação de cultura e comércio, é uma poderosa forma de proporcionar uma imagem distinta de um país, ou de uma cidade, ajudando assim a se destacar de seus concorrentes. O valor amplamente reconhecido de alguns locais, tais como a Torre Eiffel, na França, o Taj Mahal, na Índia, ou a Ópera de Sydney, na Austrália, deram lugar à cultura que combina artes e a atividade comercial. Essa é uma tendência de crescimento muito forte da economia criativa. 

Gostou do artigo sobre economia criativa? Compartilhe com seus amigos. Se você ficar com alguma dúvida, pergunte-nos através dos comentários.

SEGMENTOS

SELOS
ETIQUETAS

Leia também

SEGMENTOS
SELOS
ETIQUETAS
SEGMENTOS
SELOS
ETIQUETAS

2024 - Todos os direitos reservados